Você já ouviu falar em Meningoencefalite herpética?
- Dr. Leonel Takada
- 26 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
A meningoencefalite herpética é uma inflamação tanto das meninges (as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal) quanto do próprio cérebro (encefalite) causada pelo vírus herpes simples (HSV). Essa condição é uma emergência médica grave que pode levar a sequelas neurológicas ou à morte se não tratada de forma rápida e adequada.
Causas:
Vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1): é o mais comumente associado à meningoencefalite herpética em adultos e crianças.
Vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2): geralmente está associado a infecções genitais e pode causar meningoencefalite neonatal em recém-nascidos ou meningite asséptica em adultos.
Sintomas:
1. Febre e Mal-estar Geral
- Febre alta súbita.
- Sensação de mal-estar, fadiga e fraqueza, semelhante a uma gripe.
2. Dor de Cabeça Intensa
- Uma dor de cabeça intensa e persistente, frequentemente descrita como uma das piores que a pessoa já experimentou.
3. Alterações Mentais
- Confusão: Dificuldade em se concentrar, lembrar ou tomar decisões.
- Desorientação: Perda de noção de tempo, espaço e pessoas ao redor.
- Alterações no comportamento: Agitação, irritabilidade, comportamentos incomuns ou inapropriados.
- Alterações na personalidade: Mudanças repentinas no humor ou comportamento.
4. Sintomas Neurológicos
- Convulsões: Episódios de movimentos involuntários ou crises convulsivas, que podem ser focais ou generalizadas.
- Fraqueza ou paralisia: Sensação de fraqueza em uma parte do corpo ou até paralisia temporária.
- Problemas de fala: Dificuldade em articular palavras ou entender o que os outros estão dizendo.
5. Náuseas e Vômitos
- Sensação de náusea, muitas vezes acompanhada de vômitos.
6. Rigidez na Nuca
- Dificuldade ou dor ao tentar mover o pescoço, às vezes indicando inflamação das meninges.
7. Fotofobia
- Sensibilidade exagerada à luz.
Diagnóstico:
O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), que podem mostrar inflamação no cérebro. Além disso, uma punção lombar é realizada para analisar o líquido cefalorraquidiano, onde o DNA do vírus pode ser detectado por PCR (reação em cadeia da polimerase).
Tratamento:
O tratamento envolve o uso de antivirais, como o aciclovir, que devem ser administrados o mais rápido possível para minimizar os danos cerebrais e melhorar as chances de recuperação.
Cuide-se, pois se tratado precocemente, a recuperação pode ser boa, mas em casos graves ou atrasados, pode haver sequelas neurológicas permanentes.
Essa é uma condição grave, e a intervenção médica rápida é crucial para o sucesso do tratamento.
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